Angeline Lynx: A vida (continua)

 A vida sempre vai arrumar uma forma de ensinar-lhe alguma coisa. Bem, talvez Deus está lhe dando uma segunda chance.

Chance de fazer uma pausa na sua vida e realmente viver como quiser.
Sacrificar as coisas das quais você nunca antes ousou.

Meu nome é Angeline Lynx, agora com dezessete anos. Encontro-me no quarto dos meus pais assistindo comédias românticas, como o melhor amigo da noiva e “Marry Me”(Que por coincidência um dos atores tem o nome do meu irmão). E é um deprimente domingo ensolarado.

Agora mesmo eu estava vendo o álbum de família. A mais magrela de todas as fotos: eu. Deixe-me apresentar os Lynx. Moro com meus pais.Tenho um irmão mais novo, Luke. E a Lisaly, a mais velha. Ela é linda e está casada. Sempre me julguei por não ser a mais bonita da família. Gostaria de saber o que meus pais pensam de mim ao me comparar com a minha irmã, mas não posso pensar em nada que me anime.

Nunca me senti capaz de dizer algo inteligente. As pessoas geralmente investigam sua vida a fim de saber se você é um gênio realmente. Caso não encontrem as respostas elas te julgam por isto.

Afinal de contas, o que é a vida? O que diabos ela quer de nós? Ser feliz para sempre? Sério! Você não pode ser feliz o tempo todo. Você não pode ser feliz quando você vê sua vida indo por ralo abaixo. Quando você só tem um futuro pela frente não consegue saber o que fazer.

Por que a adolescência é tão difícil? É tão injusto. Apenas saberemos o que fazer com a nossa droga de vida quando estivermos mais velhos, e não poderemos fazer nada para mudá-la. Apenas se contentar com as escolhas que fizemos, e colher o que plantamos.

Ver o álbum de fotos da família é como morrer. Você vê a vida passar aos seus olhos. Você enxerga o passado, e fica apavorado por não saber seu futuro. Não se assuste, nunca morri. Espere. Que tipo de pessoa eu sou? Estou muito errada não a se contentar com a minha vida? Sim, é claro que estou. Há tantas pessoas no mundo que gostariam de ter as duas pernas, a minha saúde, ou dezessete anos de idade. Eu só trocaria tudo pela coragem que eles têm de viver. Por arriscar.

(Continua)

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